Rédeas

Me perdi mais de uma vez
as rédeas já não estão em minha mão

Claramente não sou anjo
mas no espelho trincado as asas de fogo eu vejo
olhos vermelhos
e um cheiro forte

A mente sã se foi
e oque sobrou perdeu o controle
então me escondo nas sombras do dia
para a noite caçar com os monstros de minha mente.

Sorriso da meia noite...

Meu sangue é veneno
Minhas palavras são corda
Meus gestos a trilha
Sua inocência é a caminhada para a forca

Eu não pedi muito
Você cruzou o limite da paciência
A vida e assim

Agora engasgue no sangue
Sufoque nas ações
Se perca no vazio

Pois eu ainda estarei aqui
Com meu sorriso de meia noite

Peso de uma vida

Já sentiu o peso do mundo?

A pressão da vida

O amargo do escarnio dos olhares

O julgamento silencioso

O coração bombeando a cada segundo

O sangue venoso escorrendo nas feridas

As chagas de um amor

Cicatrizes mal curadas

Batidas de um compasso sem ritmo

Ritmo de uma batida parada

Pingos de um coração partido.

Fina teia de aranha

Fina teia de aranha

Que corre pelas paredes de um quarto

Guardando em pequenos casulos 

Memorias de dias que nunca viram

Fina teia de aranha

Que coça por meus pelos

Que tece por minha vida

Dando pequenas batidas do lado de fora

Fina teia de aranha

Que envolve meus olhos

Segura meu coração

E derrama minhas lagrimas

Fina teia de aranha

Por que é tão fina?