quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Manchas de vinho....

Difícil colocar em palavras uma eternidade esquecida
As fotos apagadas que vejo na parede
Memorias de um verão em que me sentia frio por dentro


O tempo deixou marcas nas minhas mãos
Manchas de vinhos em um carpete ridiculo
Manchas das nossas alegrias secas e das festas silenciosas


Difícil entender oque houve
Havíamos nos entendido tão bem
E hoje nos ignoramos quando passamos na rua
Estranhos que se refletem na realidade um do outro


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Borrões detalhados....

Me Vejo Perdido na mais estranha confusão
Cercado de rostos familiares
Porem estranhos ao olhar

Os vejo indo e vindo a minha volta
Suas vozes familiares
Dizendo palavras estranhas
Em línguas envenenadas por mentiras

Mentiras quais eu me vejo refletido
Num espelho quebrado em minha imagem
Os cacos mostram os poucos rostos ao meu lado
Desaparecendo mais e mais

E em um piscar de olhos me vejo em um oceano
Borrões que conhecia os detalhes
Hoje vejo apenas olhares de julgamento sem fim
Falsas palavras e olhares de arrogância

Merecidos sim ou não?
Eu ainda tenho muito a enfrentar

Com ou sem esses olhares...


quarta-feira, 28 de junho de 2017

Silencio

O Pó cai sobre minha cabeça
Vejo que tudo que deixei partiu
Não quero de volta
Apenas...gratidão...não...apenas reciprocidade.

Talvez eu não tenha sido o melhor para vida de muitos
Mas o erro não é só meu
Medo me cegou
Cansaço me calou
Tristeza me ensurdeceu.

Não quero piedade
Nem perdão
Apenas silencio.

Não que o silencio me traga paz
Mas pelo menos não preciso encarar os ecos das minhas ações, e dos erros cometidos.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Cegueira...

Me cego para sorrir
Fico surdo para falar
Fico mudo para ver

Carrego a bomba em meu peito
Cargas explosivas que corroem meu intimo
Uma explosão vil

Doce lamina que corre pelo meu amargo sangue
Um olhar amarelo sobre você
Contraditório em seu significado
Mas puro em seu desejo

O claro medo de te perder
Junta-se a escuridão de ficar em pé sozinho
Abandonado junto ao por do sol
Dos pombos brancos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Aventureiro....

O sol se põe em meu coração
No Oeste a poeira sopra em meu rosto
Armadura arranhada e remendas feitas nas fogueiras do tempo
O couro costurado em meus olhos

Cansado das aventuras
Buscando conhecimentos perdidos
A luz já se pôs no horizonte
Apenas a fraca luz das tochas ilumina meus castanhos olhos

Tempestades de pensamentos avançam como goblins
Braços pesados demais para revidar
Pernas puídas demais para fugir
Olhos pesados demais para enxergar....

sábado, 21 de janeiro de 2017

Doce....

Doce ilusão
falsa sensação
Doce azedo
de uma labareda
Que se esfria em meu coração

Os erros
Os Pecados
Mentiras e enganos

Talvez os passos do destino só não se encaixaram ainda

Planos de um jogo sinistro
Mas é uma Doce sensação de fogo que chamusca minha alma
Aquecida pelo velho jamenson's que conservo a anos em minha pratilheira.

Mas no fim esse falso azedo que nos uniu também amarga minha vista ao te ver.